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terça-feira, 22 de outubro de 2013

NEWTON ISAC DA SILVA CARNEIRO

Lentamente estou digitalizando algumas partes do livro História das Artes Gráficas em Curitiba (dezembro de 1976), de NEWTON CARNEIRO. Este livro está esgotado, sendo uma das principais referências sobre estudos das artes gráficas paranaenses.

NEWTON CARNEIRO
OBRAS PUBLICADAS
A LOUÇA DA COMPANHIA DAS INDIAS NO BRASIL, S. Paulo, 1942 Revista dos Tribunais.

LA YERRA MATE Y SUS PROBLEMAS, Washington. 1936, em colaboração c/C G. Mata.

ICONOGRAFIA PARANAENSE, Curitiba, 1950 – Impressora Paranaense.

ARTES E O ARTESANATO NO PARANÁ. Curitiba. 1953 — Papelaria Paranaense. 

UM PRECURSOR DA JUSTIÇA SOCIAL, Curitiba, 1965 — Impressora Requião.

O MATE NAS ARTES LUSO-BRASILEIRAS, Curitiba, 1965 Imprensa Universitária.

QUARENTA AQUARELAS INÉDITAS DE DEBRET (RIO, S. PAULO, PARANÁ E S. CATARINA), edição comemorativa do cinquentenário da Comp. Editora Nacional; em colaboração com J.F. de Almeida Prado. S. Paulo. 1970. 

370 DIAS NA PRESIDÊNCIA DO IBDF, S. Paulo, 1971 — Editora Nacional.

JOSÉ BONIFÁCIO E A DASONOMIA. Curitiba, 1972 — Imprensa Universitária.

MARIANO DE LIMA E O ENSINO DAS ARTES EM CURITIBA, Separata da Revista LETRAS, Curitiba, 1972.

GUARAQUEÇABA, O COMANDANTE SLOCUM E A PROESA DO BARCO "LIBERDADE", Separata da Revista LETRAS. Curitiba, 1974.

O PARANÁ E A CARICATURA. Curitiba., 1975 — Grafipar. 

NOTAS SOBRE A BIBLIOGRAFIA FLORESTAL BRASILEIRA E SUA CRONOLOGIA, Separata da revista BRASIL FLORESTAL Rio de Janeiro, 1974.

RUGENDAS NO BRASIL, Rio de Janeiro (no prelo) Livraria Kosmos Editora.

NEWTON ISAC DA SILVA CARNEIRO 
DADOS BIOGRÁFICOS
Nascido em Curitiba, a 18 de abril 1914. Diplomou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Secretário de Educação e Cultura (1951), onde foi responsável pela criação do Patrimônio Histórico e Artístico Paranaense; Secretário da Agricultura (1953), no Governo Bento Munhoz, da Rocha Neto. Presidente da Comissão de comemorações do Centenário da Emancipação Política do Paraná (1952). Deputado Federal em 1954, reelegeu-se em 1958 e 1962. Na Câmara dos Deputados foi vice-líder da UDN. Vice-presidente da Comissão de Economia, presidente da Comissão de Relações Exteriores e representou o Brasil em várias conferências interparlamentares internacionais. Professar da disciplina Política Florestal na Universidade Federal do Paraná, onde em 1968 foi nomeado diretor da Escola de Florestas. Em 1970, presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. De 1952 a 1972, presidente da Associação de Cultura Franco Brasileira de Curitiba: e, de 1969 a 1971, presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Membro da Academia Paranaense de Letras. Agraciado com a Legião de Honra e as Palmas Acadêmicas, pela França; com a ordem de Orange e Nassau pela Holanda; com a Estrela de Solidariedade Italiana; com a ordem do mérito do Chile e com a ordem do Infante Dom Henrique, de Portugal. Além de seus livros editados. tem vários trabalhos publicados em periódicos diversos.

sábado, 27 de julho de 2013

Resumo do artigo: Memória e humor gráfico: caricaturas e releituras de Belmonte.


Resumo do artigo: Memória e humor gráfico: caricaturas e releituras de Belmonte, de Marilda Lopes Pinheiro Queluz, no livro Design e Cultura.

O texto é parte de um trabalho amplo que visa compreender a releitura como uma estratégia artística na reconstrução do sentido.  Como recorte, são usadas caricaturas de Benedito Bastos Barreto (Belmonte). A análise proposta parte das teorias de Mikhail Bakhtin buscando novas relações de tempo e espaço (cronotopo) por meio das construções de intertextualidade. 

A definição de caricatura adotada é uma concepção de Rivers (1991) onde não é considerada como uma entidade pré-existente, emoldurada por um contexto, mas situada numa dimensão que interage com o processo histórico que se constitui. Assim sua concepção é dinâmica, ao mesmo tempo em que é influenciada pelo contexto, acaba influenciando-o.

Dentro do contexto de enunciação-enunciador-enunciatário, a autora propõe que a caricatura é uma inversão da inversão, o avesso do avesso, onde o passado e o presente se encontram na afirmação e na negação da história num só tempo. Torna-se um jogo, onde a ironia apresenta um desencontro entre o enunciado e enunciação. Dentro deste discurso seu conteúdo contém o seu contrário.

Segundo a autora, a dessacralização é um dos elementos característicos da caricatura, assim como a ironia e a ambiguidade. Existe uma “capacidade” de deslocar constantemente o ponto de vista, transformando-o em múltiplas perspectivas interpretativas.

Outro ponto comentado, e importante sobre o entendimento da caricatura como uma linguagem urbana, buscando a perspectiva do leitor, deixando-o entrever os projetos fracassados, as contradições do sistema, os sonhos, desejos e frustrações de quem não está no centro das decisões. A cidade é construída a partir do “fazer ver” e “fazer ser visto”, em “jogos de visibilidade” dos atores sociais em suas diferentes funções.

São apresentadas três caricaturas de Belmonte da década de 1940 e suas releituras por três artistas diferentes no ano de 1996.  Em síntese as análises contêm em comum a características de deslocar o sentido, é estabelecida uma dinâmica interativa, um diálogo sobre o presente, uma intersemiose entre sistemas de signos diferentes. Atua-se no limite entre uma obra e outra, num processo de contaminação, o que ocasiona sempre uma nova reação, uma nova assimilação, uma nova conexão entre história e linguagem.  Cria-se uma paródia da paródia, num movimento constante de autocrítica, de produção de sentido.

Segundo a autora:
No jogo entre o presente e o passado, constitui-se uma trama de relações entre os tempos da história, a partir do olhar crítico, da ironia, da ambiguidade, da inversão. Reafirmam-se os modos de presença do outro, multiplicam-se os pontos de vista. As teias de intertextualidade mostram a história brasileira como um todo marcado pelas descontinuidades, uma constância entre camadas de nuances diversas. O olhar não se fixa nem na obra nem na releitura transita, percebendo as relações de sentido serem construídas nas fronteiras.

Para maiores detalhes, recomendo a leitura do artigo completo:
QUELUZ, Marilda, P. L.. 
Memória e humor gráfico: caricaturas e releituras de Belmonte. In: Marilda Lopes Pinheiro Queluz. (Org.). Design & Cultura. 1ed.Curitiba: Sol, 2005, v. , p. 111-131.